“A Copa premiou quem foi ao ataque e jogou para vencer. Quem não fez isso ficou pelo meio do caminho. O futebol apenas destrutivo morreu”
Do ex-atacante holandês Ruud Gullit
“A Copa premiou quem foi ao ataque e jogou para vencer. Quem não fez isso ficou pelo meio do caminho. O futebol apenas destrutivo morreu”
Do ex-atacante holandês Ruud Gullit
Saiu a escala de árbitros para a última rodada da Copa do Mundo. Howard Webb, da Inglaterra, será o apitador da finalíssima entre Espanha e Holanda, no estádio Soccer City (Johanesburgo), domingo. E Benito Archundia, do México, vai apitar a decisão do terceiro lugar da Copa, entre Uruguai e Alemanha, sábado, no estádio Nelson Mandela Bay, em Porto Elizabeth. O brasileiro Carlos Eugênio Simon, que era um dos pré-listados para a rodada derradeira, acabou ficando de fora.
No Parque dos Leões, às proximidades de Johanesburgo, ninguém pode ficar mais que dois minutos perto dos filhotes do rei dos animais. Parece pouco, mas é tempo suficiente para fazer muitas fotos e acompanhar as explicações dos funcionários sobre o bicho. Crianças se aproximam mais que os pais e parecem se entender naturalmente com os filhotes. O Lion Park recebe, diariamente, em média, 800 visitas. Adultos pagam 110 rands para entrar. Crianças, a partir de 3 anos, pagam 80 rands. Uma vez lá dentro, o visitante pode também ver zebras, girafas, hienas, coiotes, antílopes, emas, guepardos e leões adultos (protegidos por imensas grades) em terreno que se estende por quatro mil metros quadrados de savanas. O passeio é inesquecível, impele todos a se sentirem crianças num tranquilo dia de sol no zoológico. Só não recomendo visita à butique do parque, cujos preços são tão (ou mais) ferozes quanto os felinos ali abrigados.
Sob o clima de euforia que toma conta dos espanhóis após a histórica classificação espanhola à final da Copa do Mundo, a ministra do Meio Ambiente do país, Elena Espinosa, disse nesta quinta-feira que pedirá proteção ao polvo Paul para que não seja comido depois de acertar a vitória por 1 a 0 do time de David Villa e Carles Puyol sobre os alemães.
A ministra, que comparece nesta quinta-feira no Congresso dos Deputados do país para fazer um balanço sobre a presidência espanhola na UE, mostrou bom humor ao falar sobre a vitória da seleção espanhola, se lembrando da estrela do “Oráculo Animal” do aquário alemão de Oberhausen, que previu o triunfo da Espanha.
Respondendo a perguntas da imprensa sobre a vitória, a ministra disse: “Temos uma grande seleção, que fez um grande jogo, e que no domingo repetirá o resultado”, comentou. No conselho de ministros da UE, a ministra reiterou que vai solicitar o pedido de proteção ao polvo. (Com informações do Globoesporte.com)
Na terça-feira, os jogadores da seleção holandesa foram presenteados com um agradável noite de folga com suas esposas depois de venceram o Uruguai no mesmo dia e se classificarem à decisão da Copa. Mas os finalistas do Mundial foram flagrados pelas câmeras da ESPN Brasil cometendo uma maldade. Depois de se despedirem de suas mulheres com beijos e abraços, Sneijder, Robben e outros esperaram todas irem em embora do hotel onde a equipe está hospedada para fazerem uma outra festa. Duas informações podem gerar preocupação para a torcida laranja. Nesta quinta, os atletas terão outra folga, desta vez sem as respectivas esposas. Mais: em 1974, na primeira final de Copa disputada pela Holanda, um escândalo teria contribuído para a derrota contra a Alemanha. Segundo o craque Johan Cruyff, os jogadores se envolveram em uma orgia na véspera daquele jogo e entraram em campo sem condições de vencerem. O fato teria levado Cruyff a abandonar a seleção de seu país.
Por Carlos Eduardo Lira (cadunon@yahoo.com.br)
A Copa está chegando ao fim, Holanda e Espanha disputam no próximo domingo a primeira final inédita desde 78. Quanto ao futebol brasileiro… bem, o futebol brasileiro foi sem deixar a menor saudade. Mas por que o futebol brasileiro foi sem deixar saudade? Para responder a este questionamento tenho que passar pelo atual momento do futebol brasileiro. Primeiro os atuais campeonatos brasileiro. Estes são competições de baixissímo nível técnico e pouco rentáveis para os clubes que a disputam. Mas este não é o fim. O fim, na verdade, esta em saber que a “suposta nata” do futebol nacional (série A) é pautada em clubes de pouca expressões, bancados ora por prefeituras ora por empresários ávidos por vender e lucrar com seus escravos.
O que quero dizer com isso? Que esta na hora de romper com estes clubes de faixadas que modificam de nome com quem modifica de Copa descartável, ou seja, é preciso valorizar as grandes expressões regionais do país, pois tal investimento fortalece o futebol nacional como um todo revelando comsequentemente os craques necessários para ganhar a Copa. Uma vez mandei um e-mail sugerindo que o Campeonato Brasileiro fosse disputado por confederações norte- nordeste-centro-oeste e sul-sudeste. Saindo o compeão de cada federação para disputar uma melhor de três jogos para definir o campeão brasileiro. Entretanto, nós brasileiros (copiões ou macacos como nos chamam os argentinos) imitamos o modelo de disputa nacional dos europeus (que têm pouqíssimos Estados e clube) e consolidamos um campeonato localizado quase que exclusivamente no eixo Sul e Sudeste. Ora, é óbvio que um futebol brasileiro pautado em confederações possibilitaria um crescimento quase que homogêneo do futebol brasileiro provocando, também, o aparecimento de bons valores para compor a Seleção Brasileira.
Outro aspecto é a interligação de nossas seleções de base com a seleção profissional. É preciso fazer com que estes setores estajam interligados, de maneira que os melhores jogadores possam ser preparados para disputar uma competição como a Copa do Mundo. Além disso, é preciso romper com as seleções de base pautadas apenas nos eixos Sul e Sudeste, ou seja, é necessário realizar um campeonato brasileiro sub 20 e 17, não por clubes, mas por confederações. Tal fato também levaria a descoberta de bons jogadores que poderiam surgir na seleção futuramente. Bem, estes são uns pontos para mudar o futebol de nosso país.
Embora alemão, o papa Bento 16 não assistiu à semifinal da Copa do Mundo entre a equipe do país e a seleção espanhola. Ele só será informado do resultado da partida nesta quinta-feira, conforme divulgou a imprensa europeia. Ele, que chegou hoje de sua residência de verão em Castel Gandolfo, sudeste de Roma, retirou-se ao fim do dia para ler, estudar e rezar, como é seu costume. Seu secretário pessoal, Georg Gaenswein, viu o jogo, mas estava proibido de incomodar o papa (eram 22h2O locais, 17h20 de Brasília) para informá-lo da derrota da Alemanha para a Espanha por 1 a 0. Segundo meios de comunicação da Itália, é improvável que Bento 16 mostre publicamente alguma preferência porque seria contrário ao seu papel como líder da Igreja Católica. Ratzinger nunca demonstrou maior interesse por competições esportivas, ao contrário de seu antecessor, João Paulo II, que foi atleta na juventude. (Com informações da Folha.com)
Copa derruba mais um favorito
No torneio mais amalucado dos últimos tempos, mais um favorito ao título caiu do cavalo. A Alemanha, que despachou para casa os campeões
mundiais Inglaterra e Argentina – com goleadas -, esbarrou na determinação marcadora e na qualidade do passe da Espanha. O clássico não foi bonito de ver. Ficou dentro da média deste Mundial sul-africano, que se notabiliza por jogos pouco atraentes, nos quais brilham mais as intervenções defensivas do que as manobras ofensivas.
Apesar de ser um confronto tradicional, chamou atenção o conservadorismo alemão, que se manteve excessivamente atrás no primeiro, respeitando os espanhóis além do necessário. Por sorte, talvez pela primeira vez nesta Copa, a escolha dos internautas do site da Fifa premiou o talento. Xavi, o principal artífice de ligação da Fúria, foi fundamental para a vitória. Econômico, pouco exuberante (principalmente se comparado ao jeito estiloso de Iniesta), o meia do Barcelona dominou o meio de campo.
Passeou por ali, recebendo a bola sempre desmarcado e antevendo as jogadas com passes sempre objetivos. Foi cirúrgico na maioria das jogadas, ao contrário de Iniesta, que às vezes exagerava nos dribles. Xavi acalmava o jogo normalmente nervoso dos espanhóis, fazendo a bola rolar rente ao chão e acionando David Villa e Pedro sempre que havia espaço na defesa alemã. Quando não havia, ele dava um jeito de criar. Foi assim que comandou a pressão do começo do segundo tempo, fundamental para a definição desta semifinal. Se há um jogador que mereceu festejar a vitória na noite ventilada de Durban, este foi Xavi, que costuma passar despercebido em meio às arrancadas de Villa e Iniesta. Foi superior até a Puyol, o contestado zagueiro da Fúria que virou herói ao fazer o gol decisivo, escorando de cabeça um escanteio cobrado magistralmente pelo camisa 8 de La Roja.
Quando equipes europeias se enfrentam, há sempre a tendência por jogos truncados, decididos num lance fortuito, nem sempre obedencendo à
lógica e ao rumo natural das coisas. Na semifinal de ontem, alemães e espanhóis foram fiéis a esse histórico, transformando um confronto tão
aguardado em partida quase monótona no primeiro tempo, espécie de samba de uma nota só. O jogo empolgou quando os craques começaram a
entender que precisavam se empenhar para tirar o placar do zero. Foi difícil, penoso até, mas a técnica terminou levando à definição dentro
do tempo normal.
Registre-se apenas que alguns dos principais expoentes desse jovem time alemão não deram as caras. Özil, Podolski e até Schwensteiger tiveram desempenho débil no momento mais importante da competição. O jeito recuado que Löw adotou para começar a batalha foi decisivo para o mau desempenho ofensivo germânico. Custaram a se organizar quando a Espanha começou a se insinuar com ações pelas pontas e triangulações pelo meio da área. Depois do gol, a situação se agravou. Confuso e sem atenção aos rebotes, o time não encontrava jeito de abrir espaço na zaga espanhola e abusou dos chuveirinhos, que praticamente não usou ao longo da campanha. Quando o desespero bate, os defeitos saltam aos olhos de todos. Para azar da Alemanha, Del Bosque percebeu isso desde cedo e tratou de explorar os caminhos.
No fundo, foi a melhor coisa que poderia ter acontecido à Copa: uma final envolvendo duas seleções que lutam para apagar o passado de tentativas frustradas e duas nações ávidas pelo título mundial. Será uma grande festa, capaz de redimir o torneio sul-africano.
A dois passos do paraíso
Klose passou batido e não conseguiu diminuir a distância que o separa da artilharia máxima de todas as Copas. Precisa fazer dois gols para superar a marca de Ronaldo Fenômeno. Terá contra o Uruguai a oportunidade (talvez derradeira) de alcançar essa façanha. E precisa resolver logo essa parada porque, com 32 anos, é improvável que consiga ir ao Brasil em condições competitivas de bater o recorde.
Copa 2014 tem novo projeto de confusão
Aumentam as especulações sobre a construção de um estádio em Pirituba, às proximidades de São Paulo, para substituir o Morumbi como praça de abertura do Mundial de 2014. Além disso, o futuro estádio também ficaria com o Centro de Imprensa, item cobiçadíssimo pelas cidades sedes. Quem abriga o IBC sai na frente por atrair todas as atenções da mídia internacional pelo simples fato de receber todos os jornalistas credenciados para a cobertura. O problema é que o Rio de Janeiro, que vai sediar a partida final da Copa, também se candidatou a ficar com o IBC. Até que a Fifa defina para onde vai mesmo o centro de mídia, muitas ações – nem sempre edificantes – serão desferidas. Será interessante acompanhar, à distância, essa disputa extra, que vai envolver principalmente o forte lobby político das duas grandes cidades.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta quinta-feira, 8)