O encanto despertado pelos moleques da Vila contagia a todos que, verdadeiramente, amam o futebol bem jogado e que distinguem drible de firula. Já é a grande novidade brasileira dos últimos anos, ofuscando os demais clubes, até por conseguir a proeza única de pairar sobre as paixões clubísticas, como acontecia com aquele fantástico Santos de Pelé.
Virou moda assistir os jogos do Santos, sempre na expectativa do espetáculo, dos gols em profusão. É até fácil entender as razões desse sucesso todo. Num mundo de defesas vitoriosas, marcação bovina em todos os quadrantes do campo, dá gosto ver um time que joga como se bailasse.
A bola passa de pé em pé, em perfeita sincronia. Dá até raiva quando um zagueiro adversário consegue atrapalhar um daqueles desenhos de jogadas, com triangulações rápidas, inversões de posicionamento. Contra o Santo André, domingo, o primeiro tempo foi atípico. Retraído, quase tímido, o Santos parecia quase um time comum.
Só não podia ser confundido com outra equipe qualquer porque tinha Neymar tentando dribles abusados e Ganso, mesmo contido, distribuindo passes milimétricos. No tempo final, já sem Neymar, o Peixe mostrou sua verdadeira face. Entrou com fúria, buscando o gol a qualquer preço, amedrontando a presa e derrubando todas as barreiras.
Há quem busque definir o fenômeno de maneira simplista. O Santos jogaria assim pela coincidência feliz de reunir tantos jovens craques. Não acho. Outros times já tiveram até mais craques à disposição e, por covardia ou ignorância, preferiam a maneira convencional de atuar, marcando muito, evitando o risco. O Santos é diferente porque demonstra gostar do risco e faz disso uma pequena obra-prima.
“Agora dá pra querer o Ganso na Seleção. O Neymar, ainda não”, escreve o internauta Maurício Carneiro. Explica as razões da preferência: “Ganso é um jogador que faz coisas simples, objetivas e produtivas de forma perfeita. Passa a bola com extrema precisão, quase sempre de primeira, para o companheiro mais perto dele e da área adversária; facilita o passe dos outros ao se apresentar do lado já sinalizando com o braço para receber, seja na ala direita, esquerda ou pelo meio; procura os companheiros pra quem passar antes de receber a bola porque sabe que ela vai passar por ele e o passe tem que ser rápido e preciso; não corre adoidado com a bola, nem sem ela”. Excelente análise.
A visão de conjunto tão afiado suscita até idéias românticas e improváveis, como a de esperar que Dunga abra mão de seus critérios para chamar a molecada, num surto radical. E, ao contrário de Maurício, defendo Ganso e Neymar porque funcionam à perfeição, como arco e flecha.
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Deve bater a marca dos 180 mil votos a 2ª parcial de votação do Troféu Camisa 13, a ser anunciada hoje, bem cedinho, no Camisa 13 da TV RBA, apresentado por Zaire Filho. O Bola publica, na edição de amanhã, matéria completa com o quadro dos mais votados em cada posição. O torcedor, que é o técnico da promoção, concorre também a prêmios na hora do anúncio.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta terça-feira, 27)
Como pode a CBF contratar um técnico ao estilo de dunga que parece que esqueceu a essência brasileira do futebol arte pelo qual somos conhecidos mundialmente, pode ele ter conseguido ganhar um título de copa améria, ficar em primeiro em uma fraquissima eliminatória e uma copa das confederações que não iludiu ninguem, como pode pensar em ganhar uma copa do mundo sendo cego ao tal ponto de não enxergar que uma copa não é o mesmo doque ganhar esses titulos arrastados e sem nenhum brilho ganhando no sufoco de seleções inesprecivas, seria mais facil reconhecer o que ele próprio tem em mente uma duvida de levar os mesmos jogadores que vem sendo convocados ou talvez convocar uma seleção onde poderia ser uma das melhores de todos os tempos que sendo campeã ou não seria reconhecida para o resto de nossas vidas assim como em 82 na Espanha, acho eu que nem sempre a vitória mostra a capacidade de um homem, ou será que se domingo no segundo jogo entre santos x santo andré o santos perder o título o time será esquecido?
“Erre, mais sem o medo de um dia não ser reconhecido por buscar sempre a vitória.”
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Dunga nao esqueceu o futebol-arte, porque nao o viveu, e de outra geracao, pos-82. Ele faz como tecnico o que fazia como jogador. Esta sendo coerente. Hoje tem o Dorival, quem sabe ele assume. Mesmo o Felipao, nao e um tecnico, digamos ofensivo, a nao ser quando teve as maquinas do Brasil em 2002 e do Palmeiras, e Luxemburgo tem a questao pessoal. Tecnico ofensivo e raridade.
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Acho que se o Dunga chamar algum jogador do Santos será o Ganso, pois no meio ele poderia ocupar a vaga que o Dunga reserva para Kleberson, já para o Neymar está difícil, pois o ele não tiraría nenhum dos 4 intocáveis Adriano, Luis Fabiano, Nilmar e Robinho. Se futebol é momento, e comparando com o que o Neymar está jogando, ele barraria qqr um dos 4.
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Concordo com os posts acima, porém, uma ressalva; não esqueçamos que no Dunga é o técnico mais Vitorioso, desta Década, ao comando da Canarinho, não só pelas partidas efetivamente vencidas, mas, pela recuperação da dignidade, moral e do prestígio da Seleção Brasileira, no cenário internacional.
Nossa Seleção, não metia mais medo, em ninguém, ao contrário, apanhava de gatos e cachorros, jogador metido a astro, rebolava em campo, lembram da bailarina de Berlim? chacota da Imprensa esportiva Internacional, para designar o dentucinho gaúcho? lembram das amareladas sob o comando de Parreira e Zagallo? Hoje, prá jogar na Canarinho, há de ser atleta profissional, e acima de tudo, jogador, tem que demonstrar Amor ao Brasil, coisa que num antes bem recente, não ocorria.
Pois bem, gostaria de ver Ganso, Neymar, e o Pará, na seleção Brasileira, sem dúvida alguma, porém, não defenestrarei o Dunga e sua CT, pelo exposto acima, se não os convocar.
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Puts o Pará agora pegaste pesado…
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