Os prêmios destinados aos baluartes Paulo Bentes e Matheus Cunha, pelo bolão do Re-Pa, já estão disponíveis aqui na redação do DIÁRIO (Almirante Barroso, 2190, prédio da RBA/1º andar, em frente ao Bosque), a partir das 18h. Além do brinde ofertado por Edmundo Neves, o Bentes vai ganhar deste escriba o livro “Nunca Houve um Homem como Heleno” (de Marcos Eduardo Neves, ed. Ediouro). Já o Matheus ganha outro belo livro, “Como o futebol explica o mundo”, do jornalista americano Franklin Foer (Ed. Jorge Zahar).
Gerson, sei que não tem nada a ver com o tópico mais recebi este e-mail e achei interesante.
Vou postar, se não for de seu agrado retire, não ficarei com raiva.
Um abraço!
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
O educador Antônio Barreto, um dos maiores cordelistas da Bahia, acaba de retornar ao Brasil com os versos mais afiados que nunca depois da polêmica causada com o cordel “Caetano Veloso: um sujeito alfabetizado, deselegante e preconceituoso”.
Desta vez o alvo é o anacrônico programa BBB-10 da TV Globo. Nesse novo cordel intitulado “Big Brother Brasil, um programa imbecil” ele não deixa pedra sobre pedra. São 25 demolidoras septilhas (estrofes de 7 versos):
Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.
Há muito tempo não vejo
Um programa tão ‘fuleiro’
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.
Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir
Através da Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, ‘zé-ninguém’
Um escravo da ilusão.
Em frente à televisão
Lá está toda a família
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta enorme ‘armadilha’.
Cuidado, Pedro Bial
Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.
O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,
São verdadeiros heróis
E merecem nosso aval
Pois tiveram que lutar
Pra manter e te educar
Com esforço especial.
Muitos já se sentem mal
Com seu discurso vazio.
Pessoas inteligentes
Se enchem de calafrio
Porque quando você fala
A sua palavra é bala
A ferir o nosso brio.
Um país como Brasil
Carente de educação
Precisa de gente grande
Para dar boa lição
Mas você na rede Globo
Faz esse papel de bobo
Enganando a Nação.
Respeite, Pedro Bienal
Nosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro
Dar muito duro, anda rouco
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.
Enquanto a sociedade
Neste momento atual
Se preocupa com a crise
Econômica e social
Você precisa entender
Que queremos aprender
Algo sério – não banal.
Esse programa da Globo
Vem nos mostrar sem engano
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano
Onde impera a esperteza
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano.
A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os “heróis” protagonizam
Um mundo de palhaçadas
Sem critério e sem ética
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.
Não se vê força poética
Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade
Já tornou-se imperativo.
O que se vê realmente
É um programa deprimente
Sem nenhum objetivo.
Talvez haja objetivo
“professor”, Pedro Bial
O que vocês tão querendo
É injetar o banal
Deseducando o Brasil
Nesse Big Brother vil
De lavagem cerebral.
Isso é um desserviço
Mal exemplo à juventude
Que precisa de esperança
Educação e atitude
Porém a mediocridade
Unida à banalidade
Faz com que ninguém estude.
É grande o constrangimento
De pessoas confinadas
Num espaço luxuoso
Curtindo todas baladas:
Corpos “belos” na piscina
A gastar adrenalina:
Nesse mar de palhaçadas.
Se a intenção da Globo
É de nos “emburrecer”
Deixando o povo demente
Refém do seu poder:
Pois saiba que a exceção
(Amantes da educação)
Vai contestar a valer.
A você, Pedro Bial
Um mercador da ilusão
Junto a poderosa Globo
Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor:
Reflita no seu labor
E escute seu coração.
E vocês caros irmãos
Que estão nessa cegueira
Não façam mais ligações
Apoiando essa besteira.
Não deem sua grana à Globo
Isso é papel de bobo:
Fujam dessa baboseira.
E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil
Que em nada contribui
Para o povo varonil
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.
E saiba, caro leitor
Que nós somos os culpados
Porque sai do nosso bolso
Esses milhões desejados
Que são ligações diárias
Bastante desnecessárias
Pra esses desocupados.
A loja do BBB
Vendendo só porcaria
Enganando muita gente
Que logo se contagia
Com tanta futilidade
Um mar de vulgaridade
Que nunca terá valia.
Chega de vulgaridade
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual.
Cadê a cidadania
Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
e vamos ficar calados
diante de enganadores?
Barreto termina assim
Alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco
Reaja à força do mal…
Eleve o seu coração
Tomando uma decisão
Ou então: siga, animal…
FIM
Salvador, 16 de janeiro de 2010.
* * *
Antonio Barreto nasceu nas caatingas do sertão baiano, Santa Bárbara, na Bahia.
É autor de um dos mais recentes e estrondosos sucessos da Internet, o cordel Caetano Veloso: um sujeito alfabetizado, deselegante e preconceituoso.
Professor, poeta e cordelista. Amante da cultura popular, dos livros, da natureza, da poesia e das pessoas que vieram ao Planeta Azul para evoluir espiritualmente.
Graduado em Letras Vernáculas e pós graduado em Psicopedagogia e Literatura Brasileira.
Seu terceiro livro de poemas, Flores de Umburana, foi publicado em dezembro de 2006 pelo Selo Letras da Bahia.
Possui incontáveis trabalhos em jornais, revistas e antologias, com mais de 100 folhetos de cordel publicados sobre temas ligados à Educação, problemas sociais, futebol, humor e pesquisa, além de vários títulos ainda inéditos.
Antonio Barreto também compõe músicas na temática regional: toadas, xotes e baiões.
O cordel “Big Brother Brasil, um programa imbecil” é imperdível e está completinho aqui, em primeira mão: http://cachacaaraci.wordpress.com/
CurtirCurtir
Caro Gerson, vou ser honesto contigo. Li esse livro do Frank Foer em uma tarde de tão bom que é o negócio. Como já tenho o livro, acho que você pode usar em outro bolão ou coisa parecida. Acho mais justo.Ter dois exemplares do mesmo livro? Nem pensar. Prefiro espalhar a mensagem do futebol pelo mundo… Heheheheh
* Em tempo: acho que você ganhou um exemplar desse livro de um compadre meu. Se não me engano, foi o Benedito, vulgo cabeção, (ATAR) lhe deu um exemplar. Posso estar enganado.
CurtirCurtir
Também tenho esse livro do Foer na minha estante futebolística. Indico para quem quer ter uma visão social além da bola.
Quanto ao BBB10, ajudaria mutio se os demais jornais, sites e canais de tevê nos fizessem o favor de parar de dar ibope para essa imundície!
Enquanto isso, segue a pergunta que não quer calar: Até quando o Enilton ficará só “coçando o saco na Curuzu???”
CurtirCurtir
O Paissandu realmente está se especializando em virar hospedaria de veterano. Eanes, Didi, Enilton, Adônis etc. É muita gente esperando na sombra – e ganhando bons salários.
CurtirCurtir
Gérson, diante da relutância dos vencedores em receber os prêmios, sugiro que vossa senhoria, entregue a outros que participaram do Bolão, com um placar mais aproximado. Sei não, esses vencedores não querando ganhar a diária da pousada oferecida pelo Edmundo nos chalés do “Paraíso”, em Mosqueiro, em pleno carná? Acho que estão com medo das digníssimas. Meninos, elas não acessam o site, portanto, a não ser que sejam que alertadas de alguma forma pelas baluartes (mulheres sentem o prazer nisso), inventem um compromisso inadiável e curtam o prêmio do Ed. Não é um “Doce Paixão”, conhecido do Cláudio e do Juca lá em Val-de-Cans, mas o “Paraíso” dá pro gasto. Rs.
CurtirCurtir