O adiamento do Re-Pa pode provocar a paralisação do Campeonato Paraense. Foi o que cogitou o presidente do Paissandu, Luiz Omar Pinheiro, o primeiro a sair da reunião entre os dirigentes do clube, representantes dos órgãos de segurança e a Promotoria de defesa do consumidor, na sede do Ministério Público do Estado, na manhã desta quarta-feira. A reunião de ontem seria para contornar a situação. Contudo, após um encontro com cerca de três horas de duração, Osmar Nascimento, da Polícia Militar, Daniel Rosas, do Corpo de Bombeiros, além de Helena Muniz, Promotora do MP, mantiveram-se inflexíveis, apesar das pressões. Luiz Omar, diante da negativa, admitiu escassez de recursos financeiros para cumprir as exigências do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), inclusive, no estádio da Curuzu, cuja vistoria está programada para esta quinta-feira.
“Eu não tiro a razão do Ministério, mas acredito que eles estão sendo rigorosos. Pelo Brasil, há estádios piores”, disse LOP. “A Curuzu caminha, a passos largos, para ser fechada também”, continuou. ”Não sei como vão ficar os jogos, porque não vai ter estádio nenhum. Eu penso que o Paissandu pode jogar pela Copa do Brasil em Currais Novos”, finalizou, referindo-se ao interior do Rio Grande do Norte.
Por volta de 12h30, a promotora Helena Muniz deu entrevista e reafirmou o veto. “Não é possível o jogo ser realizado no Mangueirão. Não haverá o jogo porque o Ministério Público precisa dos termos de ajustamento de conduta firmados e por questões de segurança”, assegurou. Segundo Muniz, a hipótese da recomendação ser contornada é nula. Inclusive, o Mangueirão não será liberado com restrições de público. “Não tem como realizar. Não será liberado com restrições. O documento assinado é improrrogável, era a última data”, esclareceu, referindo-se ao terceiro aditivo do TAC, assinado em 4 de dezembro por representantes da PM, MP, Corpo de Bombeiros e Seel, com relação às adaptações do estádio Edgar Proença. “A situação ficou insustentável, os estádios têm que acatar as exigências dos órgãos de segurança, em respeito ao consumidor”, disse a promotora. (Com informações de Nilson Cortinhas/Bola)
Ela tem razão. Se continuarmos a empurrar as coisas com a barriga, com má vontade, preguiça de fazer as coisas, emplementar mudanças firmadas em compromisso, acaba por perpetuamos o constante estado de avacalhação que está esse campeonato.
Penso que estamos elegendo como vilão o setor errado. Os verdadeiros culpados são aqueles que não cumpriram o compromisso firmado.
Vida que segue.
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Melhor parar é tudo, por falta de estádios.
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É uma vergonha que ainda se assistam coisas desse tipo…muitas vaidades e nenhum respeito por parte da população mais carente que tem no futebol um dos poucos momentos de lazer. Nossas autoridades deixam muito a desejar pois isto deveria ser providenciado antes do começo do parazão…uma vergonha para o nosso Estado. E ainda queriam uma das vagas da para ser sub-sede da copa do mundo. Precisamos repensar a FPF onde este senhor que se diz presidente não resolve nada e cada vez mais afunda o nosso futebol. É uma tristeza ver isso.
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Quem dera se o MP fosse tão eficiente assim na questão dos temporários do derviço público do Estado, que já é empurrado com a barriga a muito tempo e nada. E também com relação a nomeação de concursados, que aguardam um tempão suas nomeações, a ponto de expirar o prazo de validade de alguns concursos, e para ocupar suas vagas são colocados temporários e comissionados, que muitas vezes não servem para nada e ganham salários absurdos.
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Danilo,
Exigir o afastamento dos Temporários e a nomeação dos Concursados não dá mídia, holofotes etc. Portanto, nem pensar! De outra parte, cumpre lembrar que o verdadeiro problema do Mangueirão não são os guarda- corpos, a valeta etc. O problema do Mangueirão é que, em significativa parte, o MPE é omisso (para dizer o menos). Deveras, quando elevarem o guarda-corpo e colocarem as grades nas valetas, os assaltos continuarão ocorrendo nas rampas, continuará faltando ônibus para conduzir os torcedores na ida e na volta, determinados policiais, políticos, jornalistas, dirigentes de Clube, funcionários da SEEL etc, continuarão franqueando o ingresso no estádio para quem lhes abone ou seja de seu círculo de amizades, as “gangues organizadas”, com a simples mudança de nome, continuarão barbarizando no estádio e no entorno etc. E, enquanto isso, o Paysandú, treina, se condiciona tecnicamente, adquire conjunto, regulariza seus reforços, recupera seus contundidos etc. A vantagem é que, quando, no futuro, o Leão se impuser, não poderá haver desculpas relacionadas à falta de tempo para se preparar. De outra parte, não havendo riscos (de acidentes ou de sacrifícios de vidas relacionados às pendências em questão), além daqueles que ordinariamente se verifica em eventos da natureza de um RE/PA, como a história do Mangueirão tem mostrado que não realmente não existe, a pergunta é: será que o TAC não admite o implemento de nenhuma medida alternativa? A única saída é a absoluta inabilitação do estádio? Tenho certeza que não! Bom, mas se o cancelamento do embate for a única alternativa, o jeito é o Leão também continuar treinando e se aprimorando. Afinal, se o campeonato não for extinto ou se a incompetência generalizada não extinguir os rivais, novamente vai chegar o dia de se tirar a teima.
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MP= POTOCA
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O mais preocupante é que ainda não se viu a palavra oficial do governo sobre a reabertura do Mangueirão. Quando vai ser?
Depois desse adiamento vergonhoso, pensei que a governadora fosse abarrotar a TV de propaganda oficial anunciando, triunfante, as obras e a reabertura para o dia tal. Mas nada…
Dá a impressão de que não há dinheiro. Por que reformas, aparentemente simples, ainda não foram feitas? No re-pa amistoso de dezembro, a capacidade foi limitada a 30 mil pessoas exatamente porque o estádio estaria “em obras”. Vemos agora que era mentira. O tempo passou e nada foi feito. O governo se esconde e silencia misteriosamente…
Em outra frente, anuncia que tomará empréstimo de míseros R$ 336 milhões. Como será que pretende saldá-lo? Eu não queria ser o próximo governador…
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