O técnico da Seleção Brasileira, Dunga, inicia o ano de 2010, em que será realizada a Copa do Mundo da África do Sul, com 64% de aprovação dos brasileiros, segundo informa neste domingo reportagem de Paulo Cobos, publicada pela Folha de S. Paulo. Pesquisa nacional do Datafolha, realizada entre os dias 14 e 18 de dezembro, aponta que 64% dos brasileiros classificam o trabalho do treinador como ótimo ou bom (só 3% o avaliam como ruim ou péssimo). Foram entrevistadas 11.258 pessoas com mais de 16 anos em todo o território nacional.
O treinador da seleção praticamente dobrou a sua aprovação, já que no final de 2008 apenas 33% dos entrevistados classificavam o trabalho do treinador como ótimo ou bom. Nesta década, no início do ano de cada Copa do Mundo, nenhum técnico da Seleção esteve tão bem avaliado quanto o gaúcho. Em 2006, ano da Copa do Mundo da Alemanha, o então técnico da Seleção, Carlos Alberto Parreira, teve 62% de aprovação. Em 2002, ano do Mundial da Coreia do Sul e do Japão, Luiz Felipe Scolari tinha apenas 37%.
De fato, o Capitão do Mato derrubou a teoria de que só técnicos experientes podiam comandar o escrete com sucesso e, por tabela, queimou a língua dos críticos – como este escriba baionense. Tomara que continue a desafiar a lógica.
Lembrando Drummond que lembra Garrincha.
” Se há um deus que regula o tubel, esse deus é sobretudo irônico e farsante, e Garrincha foi um de seus delegados incumbidos de zombar de tudo e de todos, nos estádios. Mas como é também cruel, tirou do estonteante Garrincha a faculdade de perceber sua condição de agente divino.
Foi um pobre e pequeno mortal que ajudou um pais inteiro a sublimar suas tristezas.
O pior é que as tristezas voltam, e não há outro Garrincha disponível. Precisa-se de um novo Garrincha, que nos alimente o sonho. ” (C.D.A)
Gerson, que tabelinha. Prosa enxuta e bola redonda)
Nem faco questao de um novo Garrincha. Pra mim bastaria uma geracao como a de 82 sendo campea do mundo, ganhando de um time retranqueiro na final – e de goleada.
Mau sinal. Na história das Copas, fovoritismo e técnico em alta, sempre tem sido acompanhados de fiascos na Copa. O único momento em que isso foi exceção foi na Copa de 62, quando o Brasil entrou franco favorito após a conquista de 58 e até hoje, inédito bi-campeão de fato (seguido). Por isso, se for campeã, quebrará essa antiga lógica. De repente, pode até superar o histórico trauma francês, de quem o Brasil é freguês antigo, de Platini a Zidane. Como nenhum dos dois poderá participar, há chances de quebrar esse tabu…
Jorge, aos “canarinhos” de 82 e 86 faltou-lhes dizer que COMPETIÇÃO não é EXIBIÇAO. o Brasil de 5o e Hungria de 54 são provas irrefutáveis.
E não me venham dizer que naquele tempo não se jogava futebol.
Caro Tavernard, não compare as seleções de 82 e 86. A única semelhança era o técnico. A de 82 era um celeiro de craques. A de 86, a rebarba de 82. Em 86, Telê tentou se redimir em se preocupar com a defensiva e colocou Alemão do Botafogo e o Élton do Atlético Mineiro (nem sei se era esse mesmo o nome dele) como volantes e confirmou o Júnior no meio-campo com o Sócrates (ainda em forma). No ataque, só o Careca de 86 era superior ao Serginho de 82, bem entrosado com Müller (que barrou o Casagrande). Falcão e Zico, bichados e fora de forma, não foram a sombra dos craques de 82. Na zaga, o brucutu Júlio Cézar barrou o excelente, mas envelhecido Oscar e Edinho era inferior tecnicamente ao Luzinho. Nas laterais, então,a diferença era abissal entre Leandro de 82 e o perna-de-pau Josemar de 86 e entre Júnior de 82 e o esforçado Branco de 86. No gol, tanto o frangueiro Waldir Pérez de 82, como o azarado Carlos de 86 se equivaliam. A seleção de 82 deu espetáculo e está até hoje na memória coletiva do torcedor, como a melhor seleção brasileira de futebol dos últimos tempos, depois da geração de ouro entre 58 e 70. Quem tem 40 anos ou mais, como eu, sabe até hoje de cor a escalação de 82. A de 1994, depois de Romário e Bebeto, quem lembra do time? A seleção de 82 foi eliminada por acidente e seria campeã, pois, nem Polônia de Boniek e o veterano Lato ou Alemanha de Rumenniggi, seriam páreos. A de 86, eliminada nos tiros livres pela boa seleção de Platini e pelo azar histórico de Carlos, poderia até ir à final, pois venceria fácil a Alemanha combalida da semifinal, mas não aguentaria a Argentina de Maradona (ou o Maradona da Argentina). A propósito, a seleção de Puskas de 54 era infinitamente superior a do Brasil de 50. Abs.
Cássio,
O volante atleticano chamado por Telê era Elzo, um bate-estaca desgraçado.
Obrigado Gérson pela triste lembrança. Foi tão inexpressivo que até esqueci o nome. Só para evidencxiar o que falei, o time de base de 82 era Waldir Perez, Leandro, Orcar, Luzinho, Júnior, Cerezo, Falcão, Sócrátes, Zico, Serginho e Éder (com entradas de Paulo Isidoro quase sempre no segundo tempo). A de 86, puxando muito a memória era Carlos, Edson (Josemar), Júlio César, Edinho, Branco, Alemão, Elzo, Júnior, Sócrates, Careca e Müller, com entradas de Falcão (poucas vezes), e Zico sempre no segundo tempo. A de 94, além de Taffarel, Bebeto e Edinho, só recorrendo ao google.