Por Rafael Araújo (rafael.gomesaraujo@yahoo.com.br)
Fiz uma modesta análise do Brasileirão 2009, que se encerra neste próximo domingo e cheguei a algumas conclusões. Primeiro: Muricy Ramalho, como você várias vezes assinalou muito bem e eu sempre concordei, está muito longe de ser um gênio do futebol, como várias vezes a provinciana imprensa paulistana apregoou. Muricy é muito bom dentro das suas limitações. Ele até pode ser um “gênio”, mas sua pseudogenialidade se limita a o jogo fechado, retrancado e de “chuveirinho” na área adversária. Como não encontrou jogadores com o perfil para desempenhar esse jogo feio, que funcionou muito bem no São Paulo, se enrolou todinho no comando alviverde e praticamente perdeu o título brasileiro nas últimas rodadas. Trocando em miúdos, Ramalho é ótimo até a página 2, e olhe lá. Segunda conclusão: os defensores do sistema de pontos corridos afirmam que ele é mais justo por premiar o melhor time, mas melhor time em que sentido? Com certeza, o campeonato de pontos corridos não vem premiando o time de melhor futebol. O São Paulo foi tricampeão com o jogo feio e truncado orquestrado por Muricy, com muita marcação (à base de muitas faltas) e o enfadonho jogo aéreo. Não estou dizendo que o São Paulo não foi merecedor desses três títulos consecutivos, apenas afirmo que o pontos corridos premia sim o mais eficiente e não necessariamente o melhor futebol, apesar de que neste domingo o Flamengo, que vem apresentando junto com o Fluminenense o futebol mais bem jogado do Brasileirão, pode acabar unindo a eficiência ao futebol qualificado se conseguir o seu sexto título brasileiro.