Por Xico Sá
Com ou sem diploma, livros que valem por um curso completo para um jornalista-escritor:
* “A Alma Encantadora das Ruas” – João do Rio
* “Um Bom Par De Sapatos e um Caderno de Anotações / Como Fazer uma Reportagem” – de Anton Tchekhov
* “Balas de Estalo” – reunião de crônicas políticas e de costumes de Machado de Assis
* “Dez Dias que Abalaram o Mundo” – John Reed
* “Paris É uma Festa” – E. Hemingway
* “Na Pior em Paris e Londres” – George Orwell
* “O Segredo de Joe Gould”, de Joseph Mitchell (aula genial de como fazer um perfil de um puta personagem praticamente anônimo)
* Tudo de Nelson Rodrigues, claro
* “Malagueta, Perus e Bacanaço” – João Antônio
* “Vidas Secas” e “Angústia” – Graciliano Ramos
* “Bartleby, O Escriturário” – de Herman Melville
* “A Milésima Segunda Noite da Av. Paulista” – Joel Silveira
* “Dicas Úteis para uma Vida Fútil, um Manual para a Maldita Raça Humana” – Mark Twain
* “O Perigo da Hora, o Século XX nas páginas do The Nation” (textos de Kurt Vonnnegut, H.L. Mencken, Gore Vidal, John dos Passos entre outros bambas) – tem uma tradução brasileira da editora Scritta
* “O Livro dos Insultos” – H. L. Menken
* “Etiqueta Moderna, Finas Maneiras para Gente Grossa” – P.J. O’Rourke
* “Modesta Proposta para Acabar com a Fome na Irlanda” (também traduzido no Brasil como “Modesta Proposta para Fazer das Crianças Pobres Churrasco”) – Jonathan Swift
* “Autobiografia de Todo Mundo” – Gertrude Stein
Modestamente, acrescentaria à lista o obrigatório “A Sangue Frio”, de Truman Capote.
Tens razao Gerson, O Capote n podia fcar fora da lista.
Com mais modestia q vc,Acrescentaria um de minha predilecao, Hiroshima de John Hersey , para mim um p..aula de jornalismo.
Como historiador, vou puxar a brasa para o João do Rio. “A alma encantadora das ruas” é um clássico sobre o cotidiano carioca do fim do século XIX, de grande importância aos estudos da “História do Cotidiano” que tanto influenciou, cem anos depois, o cientista político José Murilo de Carvalho a escrever “Os Bestializados” e a “Formação das Almas: o imaginário da República no Brasil”. Muitos afirmam que João do Rio e Machado de Assis foram os que melhor expressaram o calor da cidade sob a ótica da crônica desvelada com os contornos de um Rio devasso, prosaico, malandro e ao mesm0 tempo cruel com seus projetos urbanísticos e fáusticos que levaram Sevcenko a decretar uma “cidade subterrânea oculta pela cidade sobreterrânea da ordem e do progresso”. Grande João do Rio…
Faltou nessa lista, “A busca dos óculos de Graal” do Derico. Rsrsrs.
Hahahaha… bem lembrado.
Faltou também o clássico de Agamenon Mendes Pedreira, “Ajuda-te a Mim Mesmo!”.