A entrevista com Diego Maradona é quase uma comédia. El Pibe tira sarro dos repórteres (“você fica dando voltas, enrola e não pergunta o que quer?”, dispara, a certa altura), sempre rindo, aparentemente de cabeça fria em relação ao imenso desafio de conquistar a classificação nas eliminatórias. Fala, quase sério, que respeita muito o Brasil, “campeão da Copa dos Confederações”. Diz que seus jogadores respeitam os craques brasileiros, mas que estão conscientes da responsabilidade de vencer o clássico de sábado.
O interessante é ver como Dieguito lida com a imprensa, dirigindo-se diretamente aos repórteres às vezes pelo nome. “Vocês sabem qual é o time titular. Todo dia eu vejo na TV alguém falando qual será o time. Então é isso, não há mistérios”, fala, sorriso aberto no rosto e despertando risos entre os jornalistas.
Ah, avisou que a Argentina não vai sair desesperada em busca do gol. Tomará cuidados com os contra-ataques e os rebotes na intermediária. Finaliza dizendo que não gosta de falar em pressão. “Pessoas que saem pela manhã para trabalhar vivem sob pressão. Jogadores de futebol não sofrem pressão; têm responsabilidades”, finaliza, sem antes elogiar a qualidade dos atletas que tem à sua disposição.
Passa a ideia de que está gostando muito do papel de treinador da seleção portenha. Curte cada momento, brinca, parece sinceramente feliz.
Matou a pauta. Quanta diferença para a truculência verbal e o mau humor crônico do nosso capitão do mato.