Catedral é devolvida ao povo

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A cidade ganhou, na noite desta terça-feira, um pequeno grande presente. A entrega, restaurada, da Catedral Metropolitana, depois de cinco anos fechada. O trabalho de recuperação passou por solavancos, como o ano de paralisação por falta de recursos, em pleno governo tucano. Um dos mais belos edifícios da cidade, datado de 1771, a igreja deslumbra os visitantes e é o local de saída da procissão do Círio de Nazaré. De estilo barroco colonial e neoclássico e encravada no coração da Cidade Velha, a Sé tem pinturas do italiano Domenico de Angelis emoldurando seus altares. Um detalhe importante: as 10 belíssimas telas dos altares laterais foram inteiramente restauradas. Tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional desde 1941, a igreja foi criada como Cathedral de Santa Maria de Belém do Grão Pará, em 1713. No século XVIII, ganhou contribuição do grande Antonio Landi, arquiteto responsável por grandes obras em Belém. O famoso órgão da Sé foi fabricado na oficina Aristides Cavaillé-Coll, de Paris, e é similar ao que existe na capela da Universidade de Coimbra em Portugal. O altar principal foi confeccionado em Roma por Luca Carimini e a compra contou com ajuda do Papa Pio IX e do imperador D. Pedro II. Custo total da restauração da Sé: R$ 13,7 milhões.

Até domingo, 6, acontecerá uma vasta programação cultural alusiva à reinauguração da Sé. Nesta quarta-feira, na Catedral, a partir das 18h, haverá novenário solene, missa e apresentação do Coral Scola Cantorum. Na sequência, na Praça Frei Caetano Brandão, apresentações do grupo Muiraquitã Jazz, da Fundação Carlos Gomes, e Grupo Mandinga.

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