Ricky: “nem aí” para os maldosos

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O volante Richarlyson, do São Paulo, disse nesta quarta-feira que não se incomoda com insinuações e piadas sobre sua sexualidade feitas por torcedores rivais e do próprio clube que defende. O jogador é alvo constante de piadas que o apontam como gay. Algumas torcidas organizadas do time do Morumbi não costumam gritar seu nome antes e durante as partidas.

“Ainda bem que é a minoria [que faz isso], o que não me incomoda. O que importa é que a maioria está ao meu lado. Enquanto essa manifestação está sendo em grito, em gestos, deixa para lá”, disse o volante.

De volta ao time titular do São Paulo como meio-campista depois da chegada do técnico Ricardo Gomes, Richarlyson afirmou ainda que não deve explicações sobre sua vida particular para o torcedor.

Em 2007, o então diretor administrativo do Palmeiras, José Cyrillo Júnior, citou o nome de Richarlyson ao responder a uma pergunta sobre a homossexualidade no futebol, no programa “Debate Bola”, da TV Record. Indagado sobre a possibilidade de haver um atleta gay no elenco palmeirense disposto a assumir publicamente sua orientação, Cyrillo começou a responder dizendo: ‘O Richarlyson quase foi do Palmeiras’.

O jogador negou ser homossexual e levou o caso para Justiça. Pouco depois, o juiz Manoel Maximiano Junqueira Filho, da 9ª Vara Criminal de São Paulo, arquivou a queixa-crime apresentada pelo volante.

No documento em que relacionou os motivos para o arquivamento do caso, Junqueira Filho classificou o futebol como “jogo viril, varonil, não homossexual” e sugeriu que um atleta gay devia abandonar a carreira ou montar um novo time e criar uma federação própria para continuar atuando. (Do Folhaonline)

3 comentários em “Ricky: “nem aí” para os maldosos

  1. É mais uma hipocrisia reinante no futebol. Gay tem em todo lugar. Se mulher sofre com a discriminação, imagina os gays. É preciso ter muita personalidade para sair do armário.

  2. Nem vou comentar algo a respeito de algo tão imbecil quanto preconceito de “bandidos organizados”… A minha opinião é que neste episódio o Richarlyson também tem sua parcela de culpa. Quando veio à tona esta coisa ridícula (diga-se, divulgada por um dirigente, em tese, alguém que estudou e não deveria ser tão imbecil), ele teve oportunidade de vir a público e colocar sua posição de homossexual assumido e ninguém teria mais nada a ver com isso. Mas preferiu o caminho inverso: apareceu desfilando bisonhamente ao lado de uma modelo, aparentemente contratada para fazer papel de namorada. A partir daí, creio que ele deu espaço para ser alvo de chacotas, de imbecis, sim, mas quem abraça uma profissão de domínio público, tem que saber se preparar.

  3. Acredito que o preconceito em diversas ocasiões já deveria estar extinto!Em relação ao Richarlyson o fato dele ser ou ñ gay,na verdade ñ me importa em nada,quero ver se ele joga bem,o que ñ ocorre!

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