Não é de hoje que o futebol brasileiro vive de ilusão e se alimenta de arrogância. Às vezes, por conveniência ou simples preguiça de ver a realidade com olhos críticos. Ou, ainda, por deslumbramento, praga que acomete 10 em cada 10 cartolas neste país.
Exemplo: alardeou-se durante os últimos cinco anos a supremacia dos clubes brasileiros no continente. Ouviu-se repetidamente essa lorota, alimentada pelos títulos de S. Paulo e Inter no Mundial Interclubes.
Hoje, com um mínimo de isenção, observa-se a verdade cristalina: os argentinos continuam mandando no continente, levando em conta a partir da quantidade de triunfos na Taça Libertadores. Foi necessário que o Cruzeiro perdesse a última decisão para o Estudiantes para que o torcedor percebesse isso com clareza.
O novo canto da sereia é o tal grito de liberdade do Palmeiras em relação a empresários, investidores e clubes estrangeiros. O presidente do clube, economista Luiz Gonzaga Belluzzo, anunciou que nenhum jogador do atual elenco será negociado até o fim do Brasileiro.
Não há como duvidar das boas intenções de Belluzzo, sujeito esclarecido e que representa uma injeção de saudável novidade (e saber) no universo da cartolagem. Impossível é acreditar nessas bravatas, bem ao estilo dos dirigentes da velha guarda.
Óbvio que a direção do Palmeiras e a parceira do clube, a Traffic, se acertaram a respeito da necessidade de fechar a porteira, a fim de não comprometer o projeto de conquista do título nacional. Até mesmo o dono da Traffic, J. Hawilla, garantiu que ninguém vai sair até dezembro, prometendo se entender com os investidores do fundo.
“Havia dois caminhos a seguir: ganhar o Brasileiro ou vender jogadores. Escolhemos a segunda”, garante Hawilla. O lado frágil dessa iniciativa está na débil capacidade de resistir a boas (para o mercado brasileiro) propostas de aquisição de jogadores.
Diego Souza, Cleiton Xavier e Pierre são as jóias do time comandado por Muricy Ramalho e qualquer torcedor de arquibancada sabe que o futebol que exibem hoje pode não ser o mesmo daqui a três meses, tal é a oscilação técnica dos jogadores em atividade no Brasil – a queda de produção de Keirrison ainda está na memória de todo mundo. Portanto, o que hoje é filé mignon pode se tornar carne de segunda em algumas poucas semanas.
Os transtornos que os torcedores do Paissandu enfrentaram ontem, na busca desesperada por ingressos, confirma de maneira cruel que a mentalidade dos dirigentes continua fincada no passado. Não deixa de ser irônico que o clube esteja lutando para voltar à Série B, tentando reaver o prestígio perdido, e não seja capaz de organizar uma simples venda de entradas para o jogo. E são apenas 14 mil lugares no estádio. Ainda há muito a aprender nessa longa estrada rumo ao profissionalismo.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta sexta-feira, 07)
levava pro Mangueirao e podia encomendar a festa! mas preferem fazer o adepto sofrer.
Só a paixão pelo clube conduz os torcedores aos estádios nos dias atuais. Pagar para sofrer é uma realidade, se retorna para casa com uma derrota do seu time de coração é sofrimento dobrado. Algumas situações são reparadas com desprezo e este é um caso, muitos cientes disso já não se aventuram a este martírio, ainda mais com jogos transmitidos. É hora de acabar com este amadorismo, trabalhar com seriedade antes que a vaca vá para o brejo. Depois do jogo, ainda, tem fanfarrão que se diz decepcionado com a torcida, LOP é costumeiro nesta prática.
A cada entrevista do Belluzzo fico mais espantado. O homem é paparicado a cada entrevista. Chega a ser revoltante a quantidade de elogios desferidos em sua direção… Isso, lá na minha terra, tem outro nome: “puxa-saquismo”! O pessoal da ESPN anda exagerando – nunca pensei que que diria isso, mas digo: a TV já anda cada vez mais ligada na SPORTV…
No mais, sua entrevista é encenação para a torcida:
1- Esse negócio de dar declaração de que o “mundo do futebol é nojento” e que não aguenta mais, é mais antiga do que a posição de cagar…
2- Dizer que nenhum jogador sai, a não ser, claro, que por cima do seu cadáver. Hum… Acho que não teremos estátua do “São Marcos” no Palestra, mas desse “mártir”… Alguém precisa explicar para o “economista”algo simples: se a multa do jogador “X” for de “Y” milhões de Reais e algum clube oferecer o valor da multa recisória e o jogador “X” quiser se empirulitar, bau-bau! Nada a fazer. Ou o “Iluminado” Belluzzo que se tornar “Senhor de jogadores”?
E em relação às mazelas locais: não dá para respeitar uma diretoria que dá entrevista com a camisa abotoada até a direção do cordão de ouro… Hehehehehe Se é que me entendem…
A solução disso aí talvez esteja na fórmula da equação do 2º grau:
XIS É IGUAL A MENOS BÊ, MAIS OU MENOS RAIZ DE DELTA, SOBRE DOIS A.
Quem não souber CALCULAR, vai se ferrar.
…rsrsrs…
Gerson, pelo que nossos torcedores locais sofrem, começando pela simples compra de ingressos e chegando até as recentes campanhas pífias dos clubes pelos quais são apaixonados, o comparecimento aos estádios é até um contra-senso, somente explicado pela paixão desmedida dos amantes de Remo e Paysandu.
O que mais choca ainda é a incoerência dos dirigentes: vivem a propalar que em Belém é difícil fazer futebol por que nossos clubes vivem da renda dos jogos, mas mesmo assim chegam às raias do absurdo ao se queixarem – caso do boquirroto Luiz Omar – do “pouco” comparecimento da torcida, ou seja, não reconhecem que episódios como o de ontem (venda de ingressos) contribuem para tal “afastameto” do torcedor.
Os dirigentes dos dois grandes clubes do futebol paraense deveriam levantar as mãos aos céus e agradecerem os torcedores que têm, pois se fosse em qualquer outro lugar do Brasil, Remo e Paysandu, por sobreviverem apenas de renda, já teriam fechado as portas há bastante tempo!
Abraços!
Tratam torcedor como se fosse gado. E ainda estranham quando as rendas despencam… também, pudera: além de sofrer antes, tentando comprar o ingresso, o sujeito ainda vai sofrer depois ao ver o time em campo… é masoquismo em dose dupla.
Parabéns Belém do Pará…..
Sem políticos…
Sem Copa…..
Sem, dupla REXPA, espressão no cenário futebolístico atual…
Ainda bem que respiro outros ares….. , eu chooooro???? Só sinto falta da MANIÇOBA, AÇAI, TACACÁ, CERPÃO…. égua…. as vezes até das aparelhagens (dá pra acreditar)
Hááá, da próxima vez que for vender ingresso por ai, favor não esquecerem de comunicar a TROPA DE CHOQUE, SAMU, IML… Vai rolar morte!!!
Gerson,
Também pudera, um presidente que se empolga com título paraense, desmaia quando o time perde, beija a chuteira de jogador e agora a mais nova invenção, ele e mais umas “pencas” querem entrar em campo domingo para serem “ovacionados” pela galera, é o fim da picada. E ainda tem a cara de pau de reclamar da torcida.
Tomara que o “prático” não afunde o barco bicolor.
Mesmo com todos esses imcompetentes, vamos lotar a curuzú domingo galera.