A Federação Egípcia de Futebol vai fazer um protesto formal à Fifa depois da derrota por 4 a 3 para o Brasil. Os africanos reclamam que o árbitro inglês Howard Webb teve ajuda ilegal para marcar o pênalti que deu origem ao quarto gol brasileiro. Depois de cobrança de falta na área, aos 43 minutos do segundo tempo, Lúcio chutou e o defensor Elmohamadi tirou a bola em cima da linha, com o braço. O árbitro marcou escanteio, mas depois voltou atrás, expulsou o egípcio e apontou a marca penal. Aos 45, Kaká cobrou e desempatou a partida.
Segundo os egípcios, a mudança de decisão aconteceu depois de um aviso do quatro árbitro, o australiano Matthew Breeze, que teria visto o replay do lance em um monitor de TV. O uso de imagens é proibido pela Fifa. O técnico Hassan Shehata também falou sobre o caso e tratou a situação de forma irônica. “Até onde sabemos, não existe uma regra que permita o uso de replay. Não estamos contestando a decisão do árbitro, mas a maneira como ela foi tomada. Ou talvez as regras tenham mudado e ninguém nos avisou”, disse.
É o típico caso em que o sujeito tem e não tem razão. Pelas regras do jogo, o Egito está certíssimo, pois o uso de imagens para interpretar lances de jogo (como ocorre em outros esportes) não tem autorização da Fifa. Por outro lado, no aspecto moral, é vergonhoso alguém querer levar na malandragem um lance típico de mão na bola.